segunda-feira, 5 de março de 2012

Review - The Mars Volta- Noctourniquet


Após o fim da excelete At the Drive In, muita gente (inclusive moi) acreditou que seria o fim de uma curta era que começou saracuteando junto com seu porta voz Omar Rodríguez-López. Estaríamos nozes fadados ao pífio fim de não termos mais uma banda nova que para apresentarmos aos nossos filhos? Seriam as bandas apresentadas por nós as mesmas que nos foram apresentados? Eis que o urso do cabelo duro nos responde NÃO! E me taca o The Mars Volta para felicidade geral dos órfãos de plantão.  Muita coisa se parecia com o (até aquele momento) extinto ATDI, mas, obviamente, muita coisa ficou para trás. Aonde existiam algum certo resquício da velocidade e urgência do punk rock, Omar e sua nova cia. fizeram questão de afundar no experimentalismo. A cada lançamento, o The Mars Volta era cada vez mais a banda dos caras que saíram do At the Drive In e só! E isso funcionou muito bem. A fusão de rock, jazz, psicodelismo e lsd foi um tiro muito bem dado nos tímpanos de quem estava apto para coisa nova. E falando em coisa nova aqui vai o review do álbum Noctourniquet, sexto LP da banda e, podem confiar, novo é a palavra para definir esse lançamento.


O álbum tem lançamento previsto para o dia 25 de março desse ano (2012) MAAS como isso não funciona no universo da internet, esse play acabou caindo aqui. Distante de ser uma obra como 'The Bedlam In Goliath' de 2008 e 'Amputechture' de 2006, confesso que a primeira ouvida não me desceu muito bem, me fazendo ás vezes me perguntar aonde realmente esses caras queriam chegar com esse som. A resposta me veio logo depois, músicas como 'Zed and Two Naughts',  'Trinkets Pale Of Moon' e os sete minutos de 'In Absentia' são quase um capítulo de um livro. E não precisamos ler um livro esperando que ele vá para esse ou aquele caminho! Não se ouve The Mars Volta esperando alguma coisa que não o NÃO usual, o fora do contexto! Veja bem, a primeira faixa, a ótima 'The Whip Hand' é dessoante do restante do cd e muito mais de sua sucessora, a calminha e surpreendente 'Aegis'. É comparativo a um antiácido para a azia, o frenesi passa em um minuto! E, incrivelmente, talvez seja essa a proposta do álbum! Se ainda lhe restam dúvidas, de antemão já lhe digo que sim, os psóings e tóins, os vocais em tons altíssimos e a bateria jazzística continuam lá, não podemos também mudar taanto assim, características são marcantes meu caro, são elas que fazem o TMV ser o TMV! Mas, como um corte de cabelo, o The Mars Volta consegue sempre dar um outro tapa no visual; enquanto se usam moicanos em El Paso, TMV usa skinhead e por aí vai. As comparações seriam infinitas. Por fim é isso; Estou surpreendido e entregue ao Noctourniquet. Se há hoje, uma banda que consegue me convencer a ouvir um cd inteiro e gostar de todas as faixas, essa banda é The Mars Volta. Aprecie com um bom copo de vinho. E não, não vou deixá-los na mão, façam o favor: